quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Rastos de Sândalo

Acabei agora de ler este livro que conta a história de 3 crianças órfãs que se encontram 30 anos mais tarde em Barcelona. Cada um com percursos diferentes com vidas diferentes mas ambos com inícios de vida bastante parecidos e atribulados. Basicamente, estas crianças, que entretanto se tornaram adultas, o que procuraram, e acredito que conseguiram, foi a felicidade. Mas o que é isto da felicidade que tantos de nós falamos que tanto se ouve falar no rádio, na televisão, nos autocarros? Será que a felicidade depende do que possuímos, do que alcançamos e do reconhecimento dos outros? Será que é um estado de espírito que varia consoante o tempo? Será que no verão nos sentimos mais felizes por não termos que cumprir regras nem horários, por nos sentirmos mais livres? Será que a liberdade, que sentimos no verão, é a felicidade, é o caminho para a felicidade? Será a felicidade o caminho e não o contrário? E se o segredo estiver na liberdade interior e portanto estejamos onde estivermos com as condições que tivermos podemos ser felizes. Não poderá ser a alegria da vida e de viver (conceitos bastante diferentes, na minha opinião) a felicidade? Mas como é que se alcança essa liberdade interior que parece insistir em fugir?
Se querem que vos diga não sei como é que se alcança se não for com a graça de Deus, mas se souberem de outra maneira avisem. Também existem muitas perguntas aqui que não sei a resposta nem se quer ouso em tentar dar uma. Apeteceu-me partilhar estes pensamentos confusos.

Um Abraço

1 comentário:

  1. "FELICIDADE" é uma palavra traiçoeira, porque é um pouco como uma miragem ... porque mesmo que te despojes de todas as necessidades ditas "materialistas" e consigas uma certa liberdade interior, mesmo assim vives em sociedade e vives com muitos outros de quem gostas ... por mais que tentes simplificar a tua vida e libertares-te de amarras, não podes deixar de sentir pelos outros e com os outros. E como tal , de sofreres e "desassossegares-te" com eles. Eu acho que um certo "bem-estar" vem quando aceitamos de vez as nossas imperfeições (sem deixarmos de tentar ir mais longe) e as dos outros de quem gostamos tanto,mas que às vezes nos magoam; e quando deixamos de procurar a tal "felicidade" para nós, e em vez disso tentamos só ser ALGUÉM, de VERDADE ... depois, com todas as nossas fraquezas, o puzzle vai-se encaixando e vem um pouco de serenidade ...

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